Justiça implementa sistema para facilitar bloqueio de criptomoedas
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acaba de apresentar uma novidade que promete facilitar a vida de quem lida com criptomoedas no Brasil. O sistema se chama CriptoJud e tem como objetivo rastrear e bloquear criptomoedas de forma mais eficiente nas corretoras. O anúncio foi feito pelo presidente do CNJ, o ministro Luís Roberto Barroso, durante uma sessão na última terça-feira.
Com o CriptoJud, o que antes era um trâmite complicado — onde era preciso enviar ofícios individuais para cada corretora — agora se torna muito mais simples. Barroso explicou que todo o processo será concentrado em um único ambiente eletrônico. Isso significa que será possível acessar todas as corretoras simultaneamente, o que deve agilizar os procedimentos.
O que é o CriptoJud?
Desenvolvido em colaboração com a Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto), o CriptoJud será implementado em tribunais de todo o país através do Portal Jus.br. O sistema será integrado à Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJBr), que oferece um padrão elevado de segurança.
Além de permitir o bloqueio automático de criptomoedas, o CriptoJud também tem planos para futuras implementações, como a custódia de valores em contas judiciais e a conversão destes valores para moeda nacional. Essa modernização deve tornar as decisões do judiciário mais eficazes e rápidas.
Benefícios do Sistema
O presidente da Abcripto, Bernardo Srur, destacou que essa inovação representa um passo importante para o mercado. Segundo ele, essa mudança traz uma abordagem mais dinâmica e segura para o cumprimento das ordens judiciais. A antiga forma de comunicação com as corretoras era considerada ineficiente, o que prejudicava o andamento dos processos.
O CNJ, como órgão responsável pelo controle e pela transparência do Poder Judiciário, continua se esforçando para modernizar as suas práticas. O CriptoJud vai, sem dúvida, fazer parte desse movimento, trazendo mais agilidade e segurança no trato com as criptomoedas.
Essa nova ferramenta é parte de um esforço contínuo para adequar o sistema judiciário às novidades do mundo digital, que avançam rapidamente.